A cooperativa começou com 19 catadoras, mas ficaram apenas sete mulheres. Elas separam vários tipos de papel, de plástico e vidro e vendem o material separado para empresas que fazem reciclagem e dividem o lucro. Com a quantidade pequena de material, elas recebem em média R$ 270 a cada dois meses.
Apesar da renda ainda ser baixa, as mulheres contam que a cooperativa transformou a vida delas. A catadora Geórgia de Brune, disse que a cleta mudou a visão dela sobre o lixo.
“Eu, até então, não sabia reciclar nada. Eu não reciclava, eu jogava fora e os coletores pegavam. Para mim não era dinheiro, era lixo, agora é dinheiro. É o meu sustento”, declarou.
A catadora Marli Canuto conta que sofre de diabete e encontrou na separação do lixo uma terapia. “Eu sou diabética e depois que entrei aqui parece que esqueci um pouco da doença. O trabalho aqui é muito divertido”.
As catadoras também contam de coisas interessantes que já encontraram no lixo. A última foi uma árvore de natal, que foi transformada na árvore da Associação. Os enfeites foram todos encontrados no saco de lixo.
Os 96 pontos de coleta seletiva estão espalhados por escolas, praças, esquinas e ruas nos bairros. As associações de catadores estão nos bairro de Vila Nova de Colares, Jardim Tropical e Planalto Serrano.